sábado, 20 de novembro de 2010

SÓ DE SACANAGEM




RODA MORTA

"O triste nisso tudo é tudo isso
Quer dizer, tirando nada, só me resta o compromisso
Com os dentes cariados da alegria
Com o desgosto e a agonia da manada dos normais.
O triste em tudo isso é isso tudo
A sordidez do conteúdo desses dias maquinais
E as máquinas cavando um poço fundo entre os braçais,
eu mesmo e o mundo dos salões coloniais.
Colônias de abutres colunáveis
Gaviões bem sociáveis vomitando entre os cristais
E as cristas desses galos de brinquedo
Cuja covardia e medo dão ao sol um tom lilás.
Eu vejo um mofo verde no meu fraque
E as moscas mortas no conhaque que eu herdei dos ancestrais
E as hordas de demônios quando eu durmo
Infestando o horror noturno dos meu sonhos infernais.
Eu sei que quando acordo eu visto a cara falsa e infame
como a tara do mais vil dentre os mortais
E morro quando adentro o gabinete
Onde o sócio o e o alcaguete não me deixam nunca em paz
O triste em tudo isso é que eu sei disso
Eu vivo disso e além disso
Eu quero sempre mais e mais."

mais e mais...
Sérgio Sampaio


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Alô, Alô Alô miséria! Alô, Alô Alô BRASIL!

Solidão acabou chegou ao fim
Felicidade tem hora
Ainda há de ser favela
Peça em museu de história
Oportunidade
Eu preciso de Oportunidade
A casa da comadre Joana Ficava bem aqui
Seus filho Barrigudo brincavam tentando se divertir
Mas a necessidade diária cortava mais que o sol
E a transação da muamba meu velho caiu na mão do menor
Alô, Alô Alô miséria
Alô Alô Brasil
Alô, Alô Alô miséria
Somos filhos do Brasil

MY DEAR WORLD...

I´d love to change you...